Guardiã de centenas de quedas d’água, sítios arqueológicos e uma geologia suntuosa, esta unidade de conservação ocupa 152 mil hectares, agraciando nativos e turistas com sua beleza cênica e esplendor.
Criação
1985 foi o ano do seu nascimento, com o intuito de preservar os ecossistemas da Serra do Sincorá e conservar suas nascentes, com destaque para o principal rio baiano, o Paraguaçu. Esta unidade de conservação guarda um banco genético importantíssimo para a pesquisa científica no âmbito da biodiversidade. A cada ano, diversas novas espécies de plantas endêmicas e animais são descobertas na região.
ICMBio
Administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), uma autarquia ligada ao Ministério do Meio Ambiente, a sua área representa apenas uma pequena parte de toda a Chapada Diamantina, região que engloba dezenas de municípios. Com sede na cidade de Palmeiras, o Parque abrange seis municípios (Andaraí, Lençóis, Mucugê, Palmeiras, Ibicoara e Itaetê), contribuindo para a preservação de lugares de relevância histórica e cultural.
Para mais informações: www.parnadiamantina.blogspot.com | www.icmbio.gov.br
Visitação
O controle de visitação ainda está em desenvolvimento, sendo realizado em alguns locais, como a Cachoeira da Fumaça, em geral durante feriados prolongados. É possível conhecer os principais atrativos do Parque Nacional da Chapada Diamantina a partir de localidades como Lençóis, Mucugê, Andaraí e do Vale do Capão. O acesso se dá, na maioria das vezes, por meio de caminhada. Vale lembrar que o PNCD não concentra todas as belezas da região. Muitos lugares famosos estão localizados ao seu redor, como os Poços Azul e Encantado, o famoso Morro do Pai Inácio e diversas grutas, a exemplo da Lapa Doce.
Você Sabia?
– O PNCD é uma área de extrema importância para a conservação da avifauna regional. Além de abrigar espécies residentes, é um ponto fundamental para muitas espécies migratórias.
– Toda a área do PNCD é drenada por rios pertencentes à Bacia do Rio Paraguaçu. Quase todos nascem dentro da Unidade de Conservação, o que garante a manutenção da sua pureza.
APA Marimbus-Iraquara
É uma Unidade de Conservação criada para proteger algumas áreas naturais e atrativos turísticos não incluídos no Parque Nacional. Engloba parte dos municípios de Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Iraquara e Seabra, além de diversos atrativos, como o Marimbus, os Morros do Pai Inácio e do Camelo, o Rio Mucugezinho e o Poço do Diabo, a Pratinha, as grutas da Lapa Doce e Torrinha.
Educação ambiental
Cuidar de um patrimônio natural tão rico e grandioso quanto a Chapada Diamantina requer um esforço conjunto entre o órgão gestor da Unidade de Conservação e a sociedade civil, que inclui tanto a comunidade local quanto os visitantes do Parque Nacional.
Para isso, é importante que algumas ações de educação ambiental estejam sempre ocorrendo, a fi m de estabelecer uma comunicação clara, objetiva e dinâmica a respeito das regras e cuidados que todos devem ter em relação à unidade, para que a biodiversidade seja realmente protegida.
Desafios
Um dos problemas ambientais que mais aflige a Chapada Diamantina é o incêndio criminoso. Todos os anos, a região sofre com as queimadas, que devastam o Parque Nacional e outras áreas de conservação. Os incêndios afetam tanto a biodiversidade como o fluxo e qualidade da água, além de demandar um trabalho extremamente arriscado dos brigadistas contratados, voluntários, corpo de bombeiros e defesa civil para conter o avanço das chamas.
Segundo o ICMBio, o fogo natural é muito difícil de ocorrer. Infelizmente, o ser humano é o principal responsável pela devastação. “Recomenda-se que os visitantes sejam acompanhados por guias habilitados e usem apenas fogareiros portáteis para o preparo de alimentos. E , em hipótese alguma, façam fogueira, coloquem fogo em papéis ou no mato seco. É fácil perder o controle da situação com os fortes ventos e o tempo seco”, explica Cezar Neubert, analista ambiental do Instituto.