Fugir da rotina, aliviar o estresse e recarregar as energias em meio a um ambiente natural, movimentando o corpo e inspirando a mente. Essa tem sido a opção de muitas pessoas, especialmente moradores das grandes capitais do país. Dentre os lugares mais desejados pelos turistas do Brasil e de outras partes do mundo, está a Chapada Diamantina.
Segundo Roy Funch, biólogo norte-americano, naturalizado brasileiro, que também é guia e foi o impulsionador da criação do Parque Nacional na região, os visitantes chegam à Chapada sabendo que vão andar na serra. Mas, antes de se aventurar pelas trilhas diamantinas, é importante ter todos os equipamentos e acessórios necessários, além de alguns cuidados essenciais para aproveitar, ao máximo, o potencial deste patrimônio ecológico.
Confira as principais dicas, elaboradas em parceria com Roy, e bom passeio!
1 – Informe-se sobre o grau de dificuldade antes da partida e avalie suas condições físicas e psíquicas. Na Chapada Diamantina, existem opções pra todos os estilos;
2 – Se não tem costume, não saia sozinho. Contrate um guia de turismo. Mas, mesmo acompanhado por um profissional, preste atenção no caminho e seja responsável pela sua própria segurança;
3 – Chapéu, protetor solar, cantil e lanterna são essenciais;
4 – Os melhores calçados para andar na região são as botas, que não encharcam muito e têm solado mais emborrachado, o que aumenta a aderência. Lembrando que elas já devem estar bem usadas, para garantir conforto e segurança;
5 – O ideal é não levar nada na mão! Coloque tudo em uma mochila para manter o equilíbrio do corpo;
6 – Mantenha o mínimo de cinco metros de distância da pessoa que está a sua frente. Isso irá ampliar seu campo de visão, melhorando a contemplação da paisagem, além de evitar topadas em pedras e galhos;
7 – Prefira roupas de tecidos com proteção UV, mas, caso não seja possível, escolha tecidos com a trama mais fechada, como náilon ou poliéster. Evite o algodão;
8 – Se tiver sensibilidade exagerada à picada de insetos, leve um anti-histamínico no kit de primeiros socorros;
9 – Alimente-se bem antes e durante o passeio, mas sem exagero, e mantenha-se hidratado. Algumas agências oferecem lanche para trilha;
10 – Tente manter o silêncio. Temos o costume de falar, inclusive pelo celular. Mas na trilha devemos evitar isso. Capte os cheiros e escute os sons da natureza, como a melodia dos pássaros. Entregue-se ao passeio!
Opções de roteiro por nível de dificuldade
Leve
Parque da Muritiba: Serrano, Poço Halley, Salões de Areia, Cachoeirinha e Primavera (Lençóis)
Cachoeira do Mosquito (Lençóis)
Poço Azul (Nova Redenção)
Poço Encantado (Itaetê)
Parque Sempre-Viva (Mucugê)
Pratinha e Gruta da Lapa Doce (Iraquara)
Moderado
Cachoeira do Buracão (Ibicoara)
Cachoeira da Fumaça por cima com o Riachinho (Vale do Capão)
Rampa do Caim com a Cachoeira da Donana (Igatu)
Ribeirão do Meio e Cachoeira do Sossego (Lençóis)
Águas Claras e Morrão (Palmeiras)
Avançado
Vale do Pati entrando por Guiné
Cachoeira da Fumaça por baixo
Cachoeira dos Cristais, Três Barras e Bequinho (Andaraí)
“Já tive a oportunidade de ir à Chapada Diamantina algumas vezes. A Chapada é o tipo de lugar onde me encontro como ser humano e onde posso me libertar de todos os pesos do dia a dia que carregamos na cidade grande. Como adoro fotografia de natureza, a Chapada também é uma excelente pedida pra esse tipo de trabalho. Flora, fauna e relevo estarão sempre à disposição para cliques perfeitos. Como sugestão de lugares pra conhecer, indico o Poço Azul (Nova Redenção), a Cachoeira do Buracão (Ibicoara), o Morro do Pai Inácio (Palmeiras) e, se tiver com disposição, o trekking no Vale do Pati, que, com certeza, proporcionará uma experiência única de contemplação da natureza e de intensa admiração pelos nativos, a cada passo percorrido”, recomenda Jeilson Andrade, de Salvador/BA.
Aproveite para assistir ao vídeo produzido pela nossa equipe, com a colaboração especial do guia Pedro Andrade, e aprenda a organizar sua mochila para o próximo trekking!
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